Vivemos na era da informação e da transformação digital.

Esta realidade digital está a moldar as gerações que nela vivem, está a mudar sectores e indústrias, ao mesmo tempo que cria novos mercados e tecnologias.

Há milénios que a geração de leads é uma parte essencial de qualquer negócio, como por exemplo no império romano onde o passa-palavra nas praças e banhos públicos fazia encher arenas e enriquecer comerciantes no mercado.

Hoje as pessoas não se encontram em praças ou banhos públicos, mas sim nas redes sociais, a qualidade de uma música não se mede no número de pessoas no concerto, mede-se em visualizações e likes no Youtube e as compras não se fazem no mercado, são feitas online. Esta mudança é ainda mais evidente na geração millenial, que já não vive em frente à televisão, onde todos vêem o mesmo, mas sim com um smartphone na mão, onde tem acesso a todos os produtos, informação e entretenimento, podendo optar pelo que mais lhe agrada.

Tal proximidade dos utilizadores com os dispositivos e a constante presença online está a permitir criar infindáveis bases de dados com os hábitos, interesses e gostos de cada indivíduo. Esta informação é de tal forma valiosa que os gigantes da tecnologia estão frequentemente em bidding wars multi-milionárias pela aquisição da mais recente tendência na comunicação e social sharing.

Tal proximidade dos utilizadores com os dispositivos e a constante presença online está a permitir criar infindáveis bases de dados com os hábitos, interesses e gostos de cada indivíduo.

É na organização de toda esta informação que está a base para a geração de leads em ambiente digital. Ao relacionar toda a informação que está disponível sobre cada utilizador nas diversas plataformas, é possível criar um perfil de consumidor e exibir anúncios mais relevantes, aumentando assim a probabilidade de conversão em lead de qualidade.

A mais recente obsessão dos gigantes tecnológicos é a inteligência artificial. Os avanços recentes na área estão a permitir a otimização dos processos de geração de leads online através de chatbots, algoritmos de predição de interesse e probabilidade de conversão em lead, sobretudo porque quem está a ensinar os algoritmos a interpretar e interagir com o mundo são os consumidores através da sua atividade online.

Estes consumidores estão nos motores de busca a fazer pesquisas e nas redes sociais a fazer likes, clicar, comentar e partilhar anúncios e publicações. Estes consumidores são os mesmos que compram produtos online para depois partilhar em forums e nas redes sociais a sua opinião sobre o produto e o customer service das marcas. Estas partilhas vão gerar novas reações e iniciar um novo ciclo de aprendizagem.

Acredito que com a digitalização dos canais de customer service, cada interação vai ter um papel mais importante na estratégia de geração de leads e de gestão de cliente das marcas. Permitindo por exemplo, aprender através da satisfação dos clientes atuais qual a combinação de estratégia de comunicação com o perfil digital do consumidor que vai aumentar a probabilidade de cada utilizador digital de se tornar num cliente satisfeito e promotor da marca.

Sebastião Carvalho, Digital Marketing Manager.

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