Atualmente vivemos num mundo digital, contudo a história da civilização humana pode ser dividida em três revoluções.

Um mundo digital

A primeira revolução surgiu com a idade da agricultura em que o capital mais importante é a terra. A segunda com a revolução industrial, tendo como símbolos principais as fábricas e os sistemas de produção. A terceira vaga é a era da informação, onde a inovação tecnológica transforma a sociedade através da digitalização da economia analógica.

Hoje caminhamos em direção a uma quarta etapa, um novo renascentismo. Uma fase onde os ideais humanos, as suas inquietações e desejos, voltarão a redefinir o nosso futuro. O motor da globalização veio acelerar esta evolução. Perante desafios como o aquecimento global, a pobreza e o terrorismo, a humanidade reunifica-se em redor de valores profundamente enraizados, como a proteção do ambiente, a cultura, o património e a solidariedade.

Recentemente assistimos a várias mudanças rápidas e violentas, tais como o colapso financeiro dos mercados, gerando mais desemprego e pobreza, a crescente poluição e as alterações climáticas. O poder económico desloca-se dos países mais ricos do ocidente, com taxas de crescimento mais lentas, para os mercados no oriente e a tecnologia mecânica dá lugar a uma sociedade digital, onde a internet e as redes inteligentes de computação, alteram profundamente a relação entre produtores e consumidores. Se nos últimos 60 anos, as empresas deixaram de se centrar em produtos para se centrarem no consumidor, hoje assistimos a mais uma transformação, em resposta às alterações macroeconómicas.

Se nos últimos 60 anos, as empresas deixaram de se centrar em produtos para se centrarem no consumidor, hoje assistimos a mais uma transformação, em resposta às alterações macroeconómicas.

As empresas estão cada vez mais focadas nos valores da humanidade, por entenderem a íntima interdependência entre rendibilidade e responsabilidade social. Com democracia ou sem ela, já não há lugar para operadores de mercado isolados ou autossuficientes. Tudo é uma matriz global. Com efeito, com a emergência de uma nova ordem económica, e com a ascensão da era digital, os verdadeiros acionistas das empresas, são sem dúvida os consumidores, que exigem ser inspirados e protegidos. Eles decidem quais as empresas que vivem e morrem.

Recentemente, ao assistir a uma importante atribuição de prémios em Customer Experience Management, constatei com orgulho mas também com alguma desilusão, que embora várias dezenas de empresas tivessem participado, apenas duas apresentaram candidaturas na categoria de “responsabilidade social”. Uma dessas empresas foi a Teleperformance Portugal.

Ricardo Fernandes, Chief Business Development Officer

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