A formação remota é mais um dos desafios trazidos pela pandemia global. O que acontece quando uma formação não se realiza num espaço físico, quando o formador não tem os formandos à curta separação de uma secretária ou sequer no mesmo edifício? mas sim, a trabalhar a centenas ou mesmo milhares de quilómetros de distância?

Conseguir contornar a distância na formação remota pode revelar-se uma árdua missão para todas as empresas, em grande parte porque não existe um contexto partilhado. Isto é, quando o formador não tem informações sobre as pessoas do outro lado do telefone ou do ecrã. Por norma, juntamos inúmeras informações sobre o mundo ao nosso redor, que vão desde a cultura de escritório a eventos da vida pessoal dos colegas ou até mesmo ao clima. Sem nenhum esforço consciente de nossa parte – e muitas vezes sem o perceber – essa informação torna-se parte de um código de dados mental que usamos para interpretar situações, decodificar interações e entender motivações.

Neste âmbito, a interação social é extremamente importante. Numa formação, não se comparam apenas os objetivos declarados com uma lista de execuções. O propósito da formação é que os formandos entendam melhor as consequências das suas ações e consigam ver quando há uma desconexão entre o que deveriam realizar e o que realmente aconteceu, o que requer que o formador se coloque no lugar dos formandos e interprete várias situações. Tarefa mais difícil de fazer à distância.

Em adição, a ausência do contexto social, reduz a confiança, um dos pilares para uma formação eficaz. Os formandos precisam de ter confiança suficiente no formador para compartilhar os seus sucessos e fracassos, expor as suas vulnerabilidades e pedir ajuda. E a confiança não é uma rua de sentido único. Os formadores eficientes costumam fazer paralelos entre as suas próprias experiências, ou seja, precisa de estar confortáveis em compartilhar este tipo de informação. Quando as pessoas estão fisicamente juntas, a confiança aparece geralmente com mais facilidade, e é construída por meio de relacionamentos comuns, os quais são mais difíceis de desenvolver à distância. A pandemia trouxe-nos várias necessidades de adaptação e neste caso ainda pode ser complicado desenvolver confiança através de chamadas telefónicas ou videoconferências. Como resultado, formadores podem muitas vezes deparar-se com a difícil tarefa de ter diálogos abertos e significativos dos quais precisam para um treino produtivo.

Desta forma, transportar o treino presencial para virtual pode parecer extremamente difícil, contudo, existem alguns pontos chave que podem ser explorados para que a formação remota se torne mais próxima daquilo a que estávamos habituados.

Formação remota

Exposição

O primeiro passo é ter uma discussão honesta e aberta sobre os desafios que o coletivo enfrenta na tentativa de estabelecer e manter um relacionamento formativo eficiente. Reconhecer os problemas colocará tanto formador como formandos ao mesmo nível, define expectativas e ajuda a entender os comportamentos uns dos outros. Ao mesmo tempo, constrói harmonia e confiança ao criar experiências compartilhadas – trabalhar em conjunto para superar o desafio da formação.

Cultura de escritório

Na formação remota, é importante utilizar uma estrutura com objetivos realistas e implementar processos que compensem as dificuldades de assuntos menos percetíveis, bem como organizar e manter reuniões regulares. Numa sessão cara-a-cara, a linguagem corporal torna mais fácil perceber quando todos os elementos da formação estão alinhados com o formador nos temas que estão a ser abordados. Um ritmo previsível é um fator chave para a confiança. O planeamento com antecedência e estabelecimento de um cronograma fixo que paute a frequência de interação pode ajudar a combater a distância.

Tecnologia

A ausência de interação social física também pode ser colmatada através da utilização de ferramentas tecnológicas certas e adequadas. Vamos ter como exemplo o Cloud Campus da Teleperformance, para o qual foram desenvolvidas soluções concretas para possibilitar o ambiente mais adequado possível para o formador possa ser bem-sucedido: não só conseguindo transmitir a informação pretendida como também recriar a experiência de ambiente de grupo. Como? Através da criação específica de plataformas inovadoras para que formandos e formadores estejam constantemente conectados. Todos os elementos do grupo conseguem ver-se mutuamente e às suas equipas de trabalho em todas as suas videochamadas.  Além disso, é importante também proporcionar treino aos formadores sobre competências interpessoais e inteligência emocional para que eles consigam alcançar um ambiente de formação socialmente rico.

Qualquer pessoa que pretenda eliminar totalmente os problemas atrás identificados, ficará desapontada. A distância torna a formação mais difícil ao descontextualizar muitas das informações nas quais confiamos diariamente para nos entendermos uns aos outros. Mas se pusermos em prática algumas estruturas e processos simples é perfeitamente possível um treino eficaz e com uma grande componente social.

O Cloud Campus da Teleperformance, e as soluções encontradas, possibilitou uma nova forma de receção, recrutamento, formação, treino e trabalho no contexto empresarial e de equipa. É um mundo onde remotamente tudo é possível, desde trabalhar a partir de casa na solarenga região algarvia ou numa praia paradisíaca em Cabo Verde.

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